sexta-feira, 4 de abril de 2008

Qual o legado de Debord? Qual a “herança” deixada por sua crítica ao cotidiano da atualidade? Ficara uma prática revolucionária, uma teoria revolucionária mediando uma insurreição situacionista? Apenas uma crítica da arte e um apelo ao seu excesso? Uma obra artística, literária, cinematográfica fundada na negação da própria obra? Uma crítica precoce do urbanismo moderno e de nossa Sociedade do Espetáculo? Uma ação subversiva, toda ela calcada e presa em maio de 68? O debate está aberto. A arquitetura do pensar situacionista, sua dinâmica, seus limites, o próprio estatuto situacionista pode ser compreendido na em torno de um único nome, Guy Debord. Porém, ele é diferente de seus companheiros situacionistas, possui um estilo próprio permeado pela leitura radical da imagem do capital, que certamente conduz elementos de nossa época, mas, que não pode ser confundido com um mero vanguardista nas ondas esquerdistas da cultura. Quarenta anos depois, Debord e toda trupi situacionista está na moda. A figura de Debord tem dominado os debates mais acalorados sobre a condição do feitiche da mídia, da imagem e servido até como teoria da comunicação de massa. Mas será está a condição de uma teoria crítica do espetáculo? Será que a legitimidade do contraditório do aparente rende sua complexidade ao próprio aparente do espetáculo? É possível uma crítica do espetáculo não absorvida pelo espetacular?

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